Dr. Juvenil Alves se orgulha de ver o crescimento das mulheres na área jurídica e presta homenagem a todas que fazem ou já fizeram parte de sua equipe.
O Dia Internacional da Mulher, celebrado mundialmente em 8 de março, representa uma data repleta de significados e conquistas. Oficialmente reconhecida pela ONU desde 1975, a data tem raízes históricas em eventos que marcaram a luta por igualdade de gênero.
Nos últimos 50 anos, avanços expressivos foram conquistados, especialmente no campo da advocacia. Dados da OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Rio de Janeiro) revelam que a participação feminina na profissão mais que triplicou. Em um marco histórico, a entidade acaba de eleger, pela primeira vez em 94 anos, uma presidente mulher.
A representatividade feminina na advocacia
O crescimento da presença feminina no direito é evidente. Entre os advogados mais experientes, com mais de 55 anos de inscrição na OAB-RJ, as mulheres representam 18% do total. No entanto, entre os profissionais com até cinco anos de inscrição, elas já somam 58%.
Atualmente, dos mais de 150 mil advogados registrados no estado do Rio de Janeiro, 52% são mulheres. Esse avanço sugere um futuro onde a presença feminina na advocacia será ainda mais expressiva. Segundo a pesquisa Perfil ADV, realizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) em todo o Brasil, na faixa etária de 21 a 23 anos, as mulheres já representam 61% dos profissionais do direito.
Além da crescente participação numérica, as mulheres também estão ocupando cargos de liderança dentro da OAB. Na última eleição, realizada no final do ano passado, foram eleitas presidente e vice-presidente mulheres pela primeira vez. Da mesma forma, a Caixa de Assistência da Advocacia (Caarj) também passou a ser comandada por mulheres.
Nas 64 subseções da OAB espalhadas pelo estado do Rio de Janeiro, 28 mulheres foram eleitas presidentes, um crescimento de 47% em relação ao pleito anterior.
Desafios e a luta pela igualdade
Apesar desses avanços, ainda há desafios a serem superados. A sub-representação feminina em espaços de poder no Brasil é alarmante. Dados do IBGE revelam que o Brasil tem a segunda menor participação feminina no Parlamento nacional entre os países do G20.
Além disso, nenhuma das Câmaras Municipais das 26 capitais brasileiras conta com pelo menos um terço de mulheres em sua composição, conforme informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O cenário também se repete no Supremo Tribunal Federal (STF), onde 10 dos 11 ministros são homens, representando a segunda pior taxa de presença feminina em Cortes Supremas na América Latina. Nos grandes escritórios de advocacia, a ascensão das mulheres a cargos de alta liderança ainda é uma exceção.
O papel da OAB na promoção da igualdade
O objetivo da luta das mulheres não é privilégios, mas igualdade de oportunidades. Para isso, o sistema OAB tem adotado medidas concretas:
- Desde 2021, as eleições da Ordem exigem paridade de gênero (50%) nas chapas concorrentes;
- Em 2024, a OAB-RJ garantiu que as listas sêxtuplas para o quinto constitucional contenham pelo menos dois advogados de cada gênero;
- Foi criada a Comissão de Combate à Violência Contra a Mulher, reforçando o compromisso da entidade com a segurança feminina;
- A Diretoria de Mulheres foi restaurada e a Ouvidoria da Mulher mantida, garantindo canais de apoio às advogadas.
Mulheres no direito e na sociedade: um futuro de mais representatividade
As mulheres representam 51,5% da população brasileira e precisam ocupar espaços decisivos em todos os âmbitos da sociedade. A advocacia está mudando, e a OAB é um reflexo desse avanço.
Nos últimos anos, conquistas importantes foram alcançadas, mas ainda há um longo caminho a percorrer. O objetivo é garantir que todas as mulheres tenham voz ativa e participação igualitária na construção de um país mais justo.
Que as advogadas e todas as mulheres saibam que podem contar com a OAB – uma entidade cada vez mais feminina e comprometida com a equidade de gênero.
Fonte: Jota Tributário
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