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Banco Central explica a queda no uso do Pix em janeiro

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As transações via Pix registraram uma queda mais acentuada do que o normal em janeiro de 2025, refletindo uma combinação de fatores econômicos e desinformação sobre supostas taxações do meio de pagamento. Apesar disso, o Banco Central (BC) afirmou que a redução está dentro da variação sazonal esperada para o início do ano.

Comparação com anos anteriores

Historicamente, o número de operações via Pix cai no começo do ano devido à redução do consumo após o pagamento do 13º salário e as despesas das festas de fim de ano. No entanto, os dados indicam que a queda em janeiro de 2025 foi de 11,4%, enquanto em anos anteriores os recuos foram menores:

  • Janeiro de 2024: -8,6%
  • Janeiro de 2023: -9,9%
  • Janeiro de 2022: -10,7%

Outro sinal inédito é que, pela primeira vez desde a criação do Pix, o volume de transações em janeiro foi menor que o de novembro do ano anterior, evidenciando um padrão atípico de retração.

Fatores que influenciaram a queda do pix

  • Maturidade do Sistema: O BC atribui a desaceleração ao próprio crescimento do Pix, que tem mostrado um ritmo mais estável após anos de expansão acelerada.
  • Alta da Selic: A elevação da taxa básica de juros para 13,25% ao ano impacta o consumo e as transações financeiras, reduzindo a circulação de dinheiro na economia.
  • Desinformação e Fake News: Boatos sobre uma suposta taxação do Pix, amplamente compartilhados nas redes sociais, podem ter influenciado a redução no uso do meio de pagamento.

Fake News e o impacto na economia

A desinformação em torno do monitoramento de transações financeiras pela Receita Federal gerou grande repercussão. A norma determinava que transações acima de R$ 5.000 por mês para pessoas físicas e R$ 15.000 para pessoas jurídicas deveriam ser informadas, algo já exigido dos bancos tradicionais, mas que agora também se aplicaria a fintechs.

Diante da forte reação negativa, o governo revogou a instrução normativa em 15 de janeiro e publicou uma Medida Provisória reforçando que o Pix continua isento de tributações para pessoas físicas.

Impactos políticos e econômicos

A crise do Pix não ficou restrita à economia e gerou consequências políticas. A polêmica contribuiu para a queda da popularidade do governo, segundo pesquisa da Quaest, que indicou aumento da avaliação negativa do presidente Lula.

O governo federal agora busca reforçar a confiança no Pix, esclarecendo que o meio de pagamento continua livre de impostos para transações entre pessoas físicas.

A redução nas transações do Pix em janeiro de 2025 foi influenciada por um conjunto de fatores, desde o comportamento sazonal do consumo até o impacto da alta dos juros e a propagação de fake news.

Embora o Banco Central veja o movimento como parte da maturidade do sistema, o episódio reforça a importância de um debate transparente sobre políticas tributárias e a necessidade de combater a desinformação econômica.

Para os usuários, o Pix segue seguro, gratuito para pessoas físicas e sem novas taxações.

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