O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) definirá neste domingo (20) um novo presidente entre os candidatos de Brasil, México, Argentina, Chile e Trinidad e Tobago para liderar a instituição em um contexto mundial sombrio.
O Conselho de Governadores, órgão principal do banco e constituído por ministros das Finanças e outros órgãos económicos, reunirá à porta fechada a partir das 8h00 de Washington (10h00 no Brasil) numa sessão híbrida que exige quórum.
O candidato do Brasil é Ilan Goldfajn, diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a América Latina e que foi presidente do Banco Central no governo de Michel Temer.
O economista, que também trabalhou no setor privado, concorre com o mexicano Gerard Esquivel, vice-presidente do banco central de seu país; o chileno Nicolás Eyzaguirre, ex-ministro da Fazenda e Educação; Cecilia Todesca Bocco, Argentina, Secretária de Relações Econômicas Internacionais; e Gerard Johnson, de Trinidad e Tobago, ex-funcionário do BID.
Goldfajn quer fazer do BID “a instituição multilateral mais importante da região” e considera fundamental que o presidente seja “independente, apartidário”.
Ele foi indicado pelo presidente cessante Jair Bolsonaro, e a opinião do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva ainda é desconhecida, embora ele diga que o apoia.
Para ser eleito, o candidato deve ter o apoio de pelo menos 15 dos 28 estados americanos (26 da América Latina e Caribe, junto com o Canadá e os Estados Unidos) e a maioria absoluta dos 48 países membros.
O poder de voto de cada país varia de acordo com o número de ações. Os três principais acionistas do banco são Estados Unidos, Argentina e Brasil, que juntos detêm quase 53%, seguidos pelo México com 7,2%.
Washington tem 30%, o que faz do governo de Joe Biden um dos protagonistas da eleição, como aconteceu na demissão do último presidente do banco, o americano Mauricio Claver-Caron, por descumprir as regras ao favorecer um funcionário com quem teve um relacionamento amoroso.
Os cinco candidatos concordam com a importância de direcionar os recursos para o combate à pobreza, à desigualdade e às consequências da mudança climática, mas considerando que a região é heterogênea e as necessidades dos países de renda média diferem muito das de outros com menos acesso aos mercados financeiros internacionais.
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