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Brasil pode enfrentar estagflação em 2025

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O Brasil pode estar caminhando para um cenário de estagflação em 2025, segundo relatório do UBS BB. O banco reduziu a projeção de crescimento do PIB para apenas 1,3%, enquanto a inflação deve permanecer acima do teto da meta. Esse quadro econômico desafiador ocorre devido à desaceleração da atividade econômica, à política fiscal expansionista e ao impacto das taxas de juros elevadas.

O que caracteriza a estagflação?

A estagflação é um fenômeno econômico marcado por crescimento estagnado e inflação persistente, tornando difícil para os governos e bancos centrais equilibrarem medidas de estímulo sem agravar a inflação. De acordo com o UBS BB, o Brasil enfrenta sinais preocupantes que indicam esse cenário em 2025:

  • Desaceleração do consumo – O impacto dos precatórios, que injetaram R$ 100 bilhões na economia em 2024, será reduzido pela metade este ano.
  • Baixa confiança empresarial e de consumidores – Os principais indicadores de confiança estão abaixo de 100 pontos, sinalizando pessimismo generalizado.
  • Investimentos enfraquecidos – O crescimento dos investimentos deve cair para apenas 0,5%, contra 7% no ano anterior.
  • Aumento das taxas de juros – O UBS BB projeta um aumento de 100 pontos-base na Selic nas próximas reuniões do Copom, o que pode dificultar ainda mais o crescimento econômico.

Alta dos juros e desvalorização do real

Outro fator preocupante é o impacto dos juros elevados no mercado cambial. Após a isenção do imposto de renda para investimentos estrangeiros anunciada em novembro de 2024, o dólar disparou para R$ 6,20, pressionando os preços e elevando o custo da dívida pública. Embora a moeda tenha se ajustado, a curva de juros segue em patamar elevado, com projeções de Selic a 17% até o fim de 2025.

Mercado de trabalho e consumo em queda

A desaceleração econômica também reflete no mercado de trabalho. Em dezembro de 2024, o país gerou apenas 20 mil novos postos de trabalho, muito abaixo da expectativa de 90 mil vagas. Essa queda na geração de empregos reduz a demanda por bens e serviços, limitando ainda mais a expansão da economia.

Inflação acima da meta e desafios para 2026

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve permanecer acima do teto da meta (4,5%) até março de 2026, tornando difícil a convergência para o objetivo de longo prazo de 3%. Esse cenário coloca o Banco Central em uma posição delicada, pois reduzir os juros antes do controle da inflação pode agravar as expectativas do mercado.

Conclusão: o que esperar para 2025?

Com crescimento econômico limitado, juros elevados e inflação acima da meta, o Brasil enfrenta um ano desafiador. Empresas e investidores precisarão adotar estratégias mais cautelosas para lidar com a volatilidade do mercado e com os impactos das políticas monetária e fiscal.

Acompanhar os próximos passos da economia será essencial para se preparar melhor para 2025.

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