No momento, você está visualizando Combate à Evasão Fiscal e Transparência: Como as Empresas Devem se Preparar em 2025

Combate à Evasão Fiscal e Transparência: Como as Empresas Devem se Preparar em 2025

Gostou? Compartilhe:

O combate à evasão fiscal e o aumento da transparência não são apenas iniciativas internas do Brasil, mas fazem parte de um movimento global impulsionado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). O Plano de Ação BEPS (Base Erosion and Profit Shifting), por exemplo, visa evitar que grandes corporações usem estruturas artificiais para deslocar lucros para jurisdições de baixa tributação.

Em 2025, esse movimento se intensificou com a implantação da Tributação Mínima Global (Pilar 2 da OCDE), exigindo que multinacionais paguem, no mínimo, 15% de imposto sobre seus lucros, independentemente de onde estejam localizadas.

Essa realidade impacta diretamente grandes grupos empresariais, mas também empresas nacionais que se relacionam com cadeias globais de valor, especialmente no fornecimento de bens e serviços.


⚖️ Ferramentas Digitais de Fiscalização no Brasil

O Brasil possui uma das malhas fiscais mais digitais e interconectadas do mundo, o que permite uma fiscalização altamente eficiente. As principais ferramentas utilizadas pelo Fisco são:

1. SPED (Sistema Público de Escrituração Digital)

Integra informações contábeis e fiscais em ambiente digital, facilitando o cruzamento de dados e a detecção de inconsistências.

2. DCTFWeb e EFD-Reinf

Esses sistemas centralizam informações sobre tributos federais e contribuições previdenciárias, aumentando a eficiência da fiscalização.

  • Novidade de 2025: A Receita Federal passou a utilizar inteligência artificial para gerar alertas automatizados de inconsistências nas declarações, reduzindo o tempo de resposta do contribuinte e acelerando autuações.

3. e-Social

Consolida informações trabalhistas e previdenciárias, permitindo maior controle sobre as obrigações das empresas em relação aos empregados.

  • Atenção especial: Empresas que descumprem obrigações acessórias podem ser autuadas mesmo que estejam em dia com os impostos principais.

🚩 Foco em Setores Sensíveis: Digital, Cripto e Comércio Exterior

Além das grandes empresas, setores específicos estão na mira da fiscalização:

– Economia Digital

Empresas de streaming, marketplaces, fintechs e influenciadores digitais passaram a ser monitorados mais de perto, especialmente no recolhimento de ISS, PIS/COFINS e IR.

  • Exemplo prático: Receita Federal e municípios cruzam informações para identificar empresas digitais que faturam sem emissão adequada de notas fiscais.

– Criptomoedas

A Instrução Normativa RFB nº 1.888/2019 obriga exchanges a reportarem transações em criptoativos. Em 2025, há discussão sobre tributação mais rígida e fiscalização direta sobre wallets (carteiras digitais) fora de exchanges.

  • Tendência: A Receita poderá exigir declaração detalhada de criptoativos mantidos em carteiras privadas, mesmo fora de corretoras.

– Comércio Exterior e Transfer Pricing

A legislação de preços de transferência foi atualizada em 2023 para se alinhar às diretrizes da OCDE, e a Receita tem aplicado fiscalização mais rigorosa sobre empresas que realizam operações internacionais.


🔍 Programas de Conformidade Cooperativa

Para grandes contribuintes, o Programa Confia (Conformidade Cooperativa Fiscal) propõe uma relação mais transparente com o Fisco. A adesão ao programa permite:

  • Reduzir a frequência de fiscalizações.
  • Antecipar potenciais litígios por meio de consultas prévias.
  • Construir uma relação de confiança com o Fisco.

Empresas que participam demonstram maturidade tributária, o que pode ser um diferencial competitivo, inclusive em processos licitatórios ou contratos internacionais.


💡 Tendências e Expectativas para 2025

  1. Uso massivo de IA e Big Data pelo Fisco
    O governo está investindo em sistemas que analisam dados em tempo real, detectando possíveis fraudes com rapidez. O contribuinte será cada vez mais cobrado por coerência entre suas declarações fiscais, trabalhistas, previdenciárias e contábeis.
  2. Maior rigor sobre pequenas e médias empresas
    Embora as grandes corporações sejam o foco principal, PMEs com inconsistências em obrigações acessórias ou que operam em setores digitais também estão na mira.
  3. Transparência e Responsabilidade Social (ESG)
    A transparência tributária passou a integrar os critérios de avaliação ESG, com investidores e parceiros exigindo relatórios sobre a responsabilidade fiscal das empresas.

🛡️ Como sua empresa pode se preparar?

  • Invista em tecnologia tributária: Sistemas integrados ajudam a evitar erros e inconsistências.
  • Realize auditorias periódicas: Para identificar e corrigir possíveis falhas antes que virem autuações.
  • Acompanhe mudanças legislativas: Especialmente relacionadas a tributação digital, criptomoedas e comércio exterior.
  • Implemente um programa de compliance tributário: Demonstre maturidade fiscal e reduza riscos.

Sua empresa está preparada para as novas exigências fiscais e o avanço da fiscalização digital?

Fale com nossos especialistas e descubra como implementar um compliance tributário robusto, proteger o seu negócio e crescer com segurança em 2025.

Gostou da matéria? Não deixe acompanhar nosso blog diariamente.

Siga nossas redes e fique por dentro de assuntos como esse e muito mais!
Instagram
Spotify
Linkedin
Whatsapp


Gostou? Compartilhe:

Deixe um comentário