Para o economista-chefe da C6, Felipe Salles, a desaceleração está dentro do padrão esperado. O banco espera que o PIB do terceiro trimestre varie entre 0% e 0,5%, com risco de um número “ligeiramente” negativo no quarto trimestre.
Apesar da queda no final do ano, o PIB deve permanecer em 2,3% em 2022, segundo estimativas do C6.
Cenário da economia brasileira
Salles diz que, se não houver surpresas no início de 2023, a economia poderá recuperar tração no segundo semestre do ano. Isso porque o banco central pode começar a cortar as taxas de juros no segundo trimestre. Portanto, as taxas de juros no mercado podem estar em um patamar inferior ao atual um pouco mais cedo.
No exterior, a tendência é que os Estados Unidos também tenham atingido o pico de seu aperto monetário até lá, e que a escassez de gás não seja um problema tão grave no verão europeu quanto no inverno. “O segundo semestre de 2023 ainda está longe, antes disso pode haver um grande choque. Mas parece razoável supor que a recuperação começará no terceiro trimestre do próximo ano.”
No entanto, a economista Natália Cotarelli, do Itaú Unibanco, alerta que quando o BC começar a cortar juros no segundo semestre de 2023, deve levar algum tempo para a atividade se recuperar. O resultado da política monetária é sempre verificado com certa demora em relação ao seu anúncio.
“A expectativa para 2023 é de um PIB fraco. Não falaria em recessão, mas a economia quase vai parar”, diz Natalia.
O Itaú projeta crescimento do PIB de 2,5% neste ano, com desvio de 0,3% no terceiro trimestre e estabilidade no quarto e 0,5% em 2023.
Fonte: Jornal O TEMPO
Precisa de soluções tributárias? Conheça nossos serviços. Acompanhe também nosso trabalho nas redes sociais e não perca nenhuma novidade!
Você é um profissional liberal e deseja dar uma turbinada na sua carreira? Não deixe escapar a oportunidade! Seja nosso consultor tributário! A nossa META é ter você!