A taxa básica de juros do Brasil, a Selic, está prevista para ser elevada para 14,25% nesta quarta-feira (19), conforme decisão do Banco Central (BC). Este aumento já havia sido antecipado desde dezembro do ano passado, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) estabeleceu esse percentual até março. No entanto, economistas alertam que este pode não ser o último ajuste deste ano.
Projeções indicam que, se persistir o descompasso entre as políticas fiscal, conduzida pelo governo, e monetária, sob responsabilidade do BC, a Selic pode ultrapassar os 15% até o final de 2025. Algumas estimativas mais pessimistas apontam para juros de até 17%. Este cenário reflete os esforços para combater a inflação, que acumulou 5,06% nos últimos 12 meses, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A expectativa é que a inflação atinja 5,66% até o final do ano, conforme o boletim Focus, superando a meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
O economista Carlos Caixeta, associado do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), destaca a necessidade de uma política de gastos mais equilibrada por parte do governo para manter a confiança dos agentes econômicos. A falta de alinhamento entre as políticas fiscal e monetária pode resultar em juros mais altos, impactando negativamente o crescimento econômico e o poder de compra da população.
A recente posse de Gabriel Galípolo como presidente do Banco Central trouxe expectativas de uma maior sintonia entre o BC e o governo. Entretanto, a continuidade de políticas fiscais expansivas sem o devido controle pode obrigar o BC a manter ou até aumentar a Selic para conter pressões inflacionárias.
É crucial que haja uma coordenação eficaz entre as políticas fiscal e monetária para garantir a estabilidade econômica do país. A adoção de medidas fiscais responsáveis, aliada a uma política monetária coerente, é fundamental para evitar aumentos excessivos na taxa de juros e assegurar um ambiente econômico favorável ao desenvolvimento sustentável.
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