A lavagem de dinheiro é uma prática utilizada para encobrir a origem do dinheiro ilícito. Na prática, consiste em um esquema para fazer aparentar que os recursos obtidos por meio de atividades ilegais, tem origem legal.
Tal prática acontece porque quando alguém consegue dinheiro ilegal através de roubo, corrupção, tráfico de drogas etc., esse dinheiro não pode ser utilizado pois a Receita Federal percebe suas irregularidades. Dessa maneira, a lavagem de dinheiro é usada para deixar esse dinheiro “limpo”.
Confira abaixo as etapas da lavagem de dinheiro
A primeira etapa é a colocação ou placement, nessa fase, o lavador insere o dinheiro sujo em uma instituição financeira legítima, geralmente na forma de depósitos bancários. Nessa fase, o lavador corre mais risco, pois grandes quantidades de dinheiro são visíveis e os bancos são obrigados a reportar transações de alto valor.
A próxima etapa é conhecida como camada ou layering, essa etapa envolve o envio de dinheiro através de várias transações financeiras para mudar sua forma e dificultar a sua perseguição. O layering pode constituir em diversas transferências bancárias, sejam elas entre bancos, entre diferentes contas em diferentes nomes em diferentes países, fazendo depósitos e retiradas a fim de variar continuamente a quantidade de dinheiro nas contas ou até mesmo alterando a moeda do dinheiro e comprar itens de alto valor para mudar a forma do dinheiro. Essa é a etapa amis complexa do esquema.
A última etapa é a etapa de integração ou integration. Nesse estágio, o dinheiro reencontra o país de origem em forma legítima, parecendo vir de uma transação legal. Pode envolver uma transferência bancária final para a conta de um negócio local em que o lavador é um “investidor”. Nesse estágio, o criminoso pode usar o dinheiro e não ser pego.
Técnicas utilizadas
A maioria dos esquemas de lavagem envolvem a combinação dos métodos abaixo:
Depósitos estruturantes: conhecido como smurfing, o método implica em dividir grandes quantidades de dinheiro em menores quantidades e menos suspeitas. No país, o montante precisa ser inferior a R$ 2 mil para pessoas físicas e R$ 6 mil para empresas. O dinheiro é depositado em uma ou mais contas bancárias por várias pessoas (smurfs) ou por uma única pessoa durante um período longo de tempo.
Bancos no exterior: os lavadores enviam esse dinheiro através de várias “contas offshore” (contas abertas em refúgios fiscais) em nações que possuam leis de sigilo bancário, ou seja, esses países permitem contas anônimas. Um esquema complexo envolve centenas de transferências bancárias entre bancos offshore.
Bancos subterrâneos/alternativos: determinados países da Ásia possuem sistemas bancários alternativos legais que permitem depósitos, retiradas e transferências sem documentos. São sistemas baseados em confiança, que não deixam trilhas em papel e operam fora do alcance do governo.
Sociedades fictícias: são empresas falsas que existem sem razão a não ser da de lavar dinheiro. Elas recebem dinheiro ilegal como “pagamento” por supostos bens ou serviços, porém não fornecem nenhum dos dois. Apenas aparentam transações legitimas através de falsas faturas, contratos e balanços.
Investir em negócios legítimos: os lavadores podem usar grandes empresas como corretoras ou cassinos que lidam com tanto dinheiro que é fácil se misturar, ou podem usar pequenas empresas com uso intensivo de dinheiro como bares, restaurares ou postos de gasolina. Tais empresas podem ser de “fachada” que realmente oferece bens ou serviços, porém o propósito é limpar o dinheiro. O método geralmente funciona de duas maneiras: o lavador pode combinar seu dinheiro sujo com as receitas limpas da empresa ou o lavador pode esconder o dinheiro sujo nas legítimas contas bancárias da empresa.
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