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Onça-pintada: um símbolo da biodiversidade brasileira que precisa de proteção

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No dia 29 de novembro, celebramos o Dia Internacional da Onça-Pintada, uma data criada em 2018 durante a 14ª Conferência das Partes (COP 14) da Convenção sobre Diversidade Biológica, no Egito. Este dia tem o objetivo de promover a conscientização sobre a importância ecológica, econômica e cultural da onça-pintada, além de fortalecer esforços para sua conservação.

Reconhecida como o maior felino das Américas e um dos principais ícones da biodiversidade brasileira, a onça-pintada desempenha um papel crucial no equilíbrio dos ecossistemas. No entanto, essa espécie está cada vez mais ameaçada devido à perda de habitat, conflitos com pecuaristas e a caça ilegal.

A onça-pintada (Panthera onca) é encontrada em diversos biomas brasileiros, incluindo:

  • Amazônia, onde sua presença ajuda a regular populações de presas e manter o equilíbrio das florestas.
  • Pantanal, que abriga uma das maiores densidades desse felino no mundo.
  • Mata Atlântica, onde já está em risco crítico devido ao desmatamento.
  • Cerrado e Caatinga, onde enfrenta grandes desafios pela expansão agrícola e destruição de habitats.

Infelizmente, a espécie já foi extinta no bioma Pampa, evidenciando os impactos negativos da ação humana.

Como predador de topo, a onça-pintada é fundamental para o equilíbrio ambiental. Ela regula populações de herbívoros e outras espécies, evitando a superexploração de recursos naturais. Sua presença é um indicador de saúde ambiental: onde há onças, há ecossistemas preservados.

Além disso, a onça possui uma relevância cultural, sendo reverenciada por povos indígenas e comunidades tradicionais, que a enxergam como símbolo de força e sabedoria.

A onça-pintada enfrenta ameaças crescentes:

  • Perda de habitat devido ao desmatamento, expansão urbana e agropecuária.
  • Conflitos com pecuaristas, que muitas vezes enxergam o animal como uma ameaça ao gado.
  • Caça ilegal, ainda praticada em diversas regiões.

Para combater essas ameaças, iniciativas como o trabalho do Projeto Onçafari se destacam. A organização atua no monitoramento e conservação de onças-pintadas no Pantanal, promovendo o ecoturismo como uma alternativa econômica sustentável para comunidades locais. Além disso, programas como o Onças do Iguaçu, no Parque Nacional do Iguaçu, ajudam a proteger populações em áreas críticas.

A proteção da onça-pintada é respaldada por leis ambientais, como o Código Florestal e as áreas de preservação permanente. No entanto, para garantir a sobrevivência da espécie, é necessário fortalecer a fiscalização e ampliar a criação de corredores ecológicos, que conectem habitats fragmentados.

Além disso, as empresas podem contribuir por meio de práticas de ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa), investindo em projetos de conservação e adotando medidas que minimizem seu impacto ambiental.

O Dia Internacional da Onça-Pintada é mais do que uma celebração: é um convite à reflexão sobre a importância de proteger nossa biodiversidade. A onça-pintada é um símbolo de força e resiliência, mas sua sobrevivência depende de ações concretas e coletivas. Preservar a onça é preservar nossa própria riqueza natural e cultural.

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