Pense em um piloto que adentra uma aeronave sem um plano de voo detalhado. Além de desconhecer a melhor rota para seu destino, ele se torna mais vulnerável às intempéries do trajeto, arriscando não apenas a integridade da aeronave, mas também a vida dos passageiros. Transpondo isso para o mundo dos negócios, essa situação reflete a vulnerabilidade de um líder que negligencia o planejamento na cultura da empresa. Isso resulta em operações mais desafiadoras e limita o crescimento a longo prazo.
Ao desconsiderar o planejamento, especialmente em tempos complexos como os atuais, corremos o risco de estar menos preparados para competir. Além disso, a estratégia de talentos, um recurso valioso para qualquer organização, também pode ser comprometida.
Uma pesquisa conduzida pela consultoria de gestão empresarial Falconi revela que apenas 10% das empresas brasileiras de médio porte (faturamento anual entre R$ 4,8 milhões e R$ 300 milhões) dedicam-se ao planejamento estratégico. Esta estatística é preocupante, já que tais empresas são essenciais para o desenvolvimento econômico do país, contribuindo com 28% do PIB nacional e empregando 24% da força de trabalho.
Diante disso, é aconselhável que líderes aproveitem os últimos meses do ano para definir metas e indicadores para 2024. Apesar de parecer complexo, o planejamento estratégico nada mais é do que um conjunto de escolhas para alcançar o propósito do negócio. O primeiro passo é estabelecer objetivos e, em seguida, planejar as ações para atingi-los. Isso inclui avaliar a capacidade interna da organização, como investimentos e talentos, bem como analisar o mercado e suas tendências.
Considerar fatores econômicos, como projeções de crescimento do PIB e mudanças governamentais, é crucial para tomar decisões sobre investimentos. Também é essencial envolver os departamentos em reuniões de planejamento para alinhar suas metas com a visão da empresa.
Além disso, os líderes precisam estar abertos à incorporação de tecnologias inovadoras, como a inteligência artificial generativa, que pode reduzir custos e aumentar a eficiência. Não basta apenas aprimorar processos existentes; a inovação, às vezes, demanda criar algo completamente novo.
Por fim, revisar e ajustar o plano estratégico periodicamente é essencial para acompanhar as rápidas transformações do mercado. Isso requer coragem para abandonar projetos obsoletos e aprender com os erros do passado, permitindo uma liderança mais clara e segura para o futuro.
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