O Risco-País é um indicador do grau de instabilidade econômica em que o país se encontra. Dessa maneira, representa o perigo que o investidor estrangeiro corre caso queira aportar recursos financeiros em algum país.
Fatores de risco para os investidores seriam aqueles que estão atados a possibilidade de falência de uma nação. Vários são os fatores analisados para se chegar ao indicador, sendo os mais importantes os econômicos, principalmente a capacidade produtiva e a situação fiscal do país.
O Risco-País pode ser medido usando várias tecnologias como:
- EMBI+
O Emerging Markets Bonde Index Plus – EMBI+ (Índice de Títulos da Dívida de Mercados Emergentes), é calculado pelo J.P. Morgan Chase, grande banco americano, ele é o um dos mais comuns indicadores utilizados para analisar o Risco-País por investidor que tenha interesse em realocar recursos para países emergentes.
A metodologia adotada para fazer o cálculo desse indicador é a comparação dos títulos das dívidas do país analisando com os títulos do tesouro americano, ou seja, comparar a relação de risco-retorno que o país emergente possui ao se comparar com os EUA.
Sua unidade de medida é feita por pontos-base, sendo que cada 100 pontos-base equivalem a 1% de juros. Se um país tem um EMBI+ de 500 pontos-base, isso significa que os juros dos títulos públicos desse país pagam 5% a mais do que os títulos emitidos pelos americanos.
- CDS
CDS significa Credit Default Swap (Permuta de Inadimplência de Crédito), é um seguro para o investidor contra possíveis calotes da dívida pública. Portanto, como qualquer operação de seguro, quanto maior o risco mais caro é o CDS.
A negociação dos seguros acaba indicando o quão arriscado é determinado país. O CDS é calculado com a mesma lógica do EMBI+, sendo que cada 100 pontos-base são 1% de juros. Se no mercado de seguros existir maior demanda por proteção contra determinado país, significa que há mais pessoas preocupadas em não serem pagas por esse país, então o mercado financeiro interpreta que o risco do país é mais alto.
- Rating Soberano
O último é a classificação do risco de crédito de um país através de uma nota. Agências especializadas em rating atribuem uma nota de acordo com a expectativa em que determinada dívida seja honrada. As agências se baseiam na quantidade de reservas internacionais, solidez econômica e estabilidade política.
As notas que as agências de classificação de crédito dão para os países vão de AAA, menor risco possível, até a D, quando o país corre risco de moratória.
Os principais impactos em relação ao Risco-País são a flexibilidade fiscal, que é bastante impactada por esse indicador, pois quanto maior for o risco, mais o governo terá que oferecer um retorno para que os investidores permaneçam. Outro impacto é o financiamento via setor privado, que acaba sendo impactado pelo fato das instituições que estarem dentro desse país acabam correndo riscos sistêmicos. Com a queda no Risco-País, o setor privado teria recursos mais abundantes e com mais qualidade, fazendo com que o mercado financeiro nacional fosse mais ativo. Por último, um dos setores da economia que mais dependem dos massivos investimentos para crescer é a infraestrutura. Os governos sempre buscam investir no setor, porém como os recursos são limitados, essa área da economia depene do capital estrangeiro para expandir.
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