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Uma Verdade Inconveniente: a política e a catástrofe ambiental no Rio Grande do Sul

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A Verdade Inconveniente das Tragédias Ambientais no Rio Grande do Sul

A catástrofe no Rio Grande do Sul tem grande parcela de culpa da classe política e das empresas.

No vídeo, logo abaixo, declino que para a classe política interessa mais a catástrofe do que a prevenção.

As prefeituras e o governo estadual deveriam implementar o Plano Municipal de Saneamento Básico, que prevê medidas de prevenção, diagnóstico e contingência dos riscos. No entanto, os poucos municípios que elaboraram esse plano, em sua maioria, nunca o leram ou executaram as recomendações.

Um Desafio

Lanço um desafio: pergunte aos municípios e às empresas afetadas se eles implementaram ou executaram planos de gestão ambiental com foco na prevenção de impactos ambientais. A resposta será que apenas uma minoria pode ter feito isso.

Emissão de CO2 e Catástrofes

Além disso, a emissão de CO2 não é, por si só, a responsável pelas catástrofes, que também possuem impactos climáticos. Antigamente, algumas catástrofes ocorreram mesmo sem uma emissão significativa de CO2. Aqui estão alguns exemplos de civilizações antigas que sofreram com impactos climáticos:

  1. Civilização Ancestral Pueblo: Viveram na região do Planalto do Colorado a partir de cerca de 300 a.C. Desmataram florestas para dar lugar às plantações, o que levou à infertilidade do solo. Mudanças climáticas reduziram as taxas de precipitação, causando a decadência dessa civilização por volta de 1225 d.C.
  2. Civilização Angkor: Situada no Camboja, enfrentou monções imprevisíveis e extremas seguidas por períodos de seca. Entre 1300 e 1400 d.C., a cidade colapsou devido a crises de água e alimentos.
  3. Civilização Maia: Na Mesoamérica, por volta de 900 d.C., a superpopulação e um extenso período de seca levaram ao colapso dessa civilização.
  4. Império Acádio: Mais de 4.000 anos atrás, na Mesopotâmia, uma seca de 300 anos derrubou este império.

Esses são apenas alguns exemplos de como o impacto ambiental pode afetar civilizações. As mudanças climáticas não são uma ameaça exclusivamente moderna.

A classe política tem mais interesse nas catástrofes do que na prevenção, que não dá votos. As empresas, por sua vez, frequentemente negligenciam o meio ambiente. Até agora, nenhum governo, nem mesmo o de Lula, se interessou em criar um comércio de ativos ambientais para gerar remuneração sobre esses ativos. Em vez disso, preferem gerir catástrofes e posar de salvadores.

Durante meu tempo na consultoria ambiental Verde e Progresso, percebi uma resistência generalizada dos municípios e empresas em investir em estudos de prevenção ambiental. A gestão de resíduos e a sanidade dos sistemas de saneamento básico são frequentemente ignoradas, apesar de serem cruciais para a prevenção de desastres.

Infelizmente, a verdade é que medidas preventivas não são vistas como politicamente rentáveis. Projetos visíveis como reformas de escolas e construção de infraestrutura tendem a ganhar mais votos. Este ciclo de negligência e desastre continua porque enfrentar a realidade dos riscos ambientais não é considerado um bom investimento político.

As tragédias são frequentemente utilizadas como ferramentas políticas, promovendo candidatos familiarizados com a catástrofe, em vez de focar na prevenção e gestão eficaz. Além disso, a falta de interesse em regular mercados como o de crédito de carbono mostra uma desconexão com as necessidades ambientais globais.

É hora de exigir que prefeituras e empresas assumam responsabilidades fiscais ambientais sérias. Precisamos de uma política que não só regule, mas também promova a sustentabilidade ambiental e prepare nossa sociedade para os desafios futuros.

AJUDE O RIO GRANDE DO SUL, DOE E FAÇA PARTE DESTA SOLIDARIEDADE!

Dr. Juvenil Alves

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